A intensificação dos confrontos de rua entre oponentes do governo do Iêmen e forças leais do regime do presidente Ali Abdullah Saleh se espalharam por bairros habitados por importantes figuras do governo e outras áreas sensíveis da capital Sanaa nesta terça-feira

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No terceiro dia de distúrbios, no qual houve um ataque com morteiros contra manifestantes desarmados, nove pessoas morreram, informaram profissionais da área médica.

As últimas mortes elevaram para pelo menos 60 o número de pessoas assassinadas desde domingo, quando manifestantes contrários ao governo intensificaram sua campanha para derrubar Saleh.

Em Genebra, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta terça-feira que quatro crianças foram mortas por disparos durante manifestações no domingo e na segunda-feira. Marixie Mercado, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), outros 18 menores também ficaram feridos.

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Os distúrbios no Iêmen tiveram início em fevereiro quando levantes que se espalharam pelo mundo árabe deram início a protestos, na maioria pacíficos, em países pobres e instáveis da península árabe, que também abriga grupos ligados à Al-Qaeda. Os governos responderam com pesada repressão contra os manifestantes.

Saleh foi para a Arábia Saudita receber tratamento médico após um ataque em junho contra seu palácio em Sanaa e não deve voltar ao país, mas os iemenitas pedem sua renúncia.

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Após as orações da manhã nesta terça-feira, forças do governo dispararam morteiros contra a Praça da Mudança (antiga Praça Pérola), local no coração da cidade onde manifestantes realizam protestos desde o início do levante em fevereiro.

Segundo funcionários da área médica, que falaram em condição de anonimato, os ataques mataram três manifestantes, três soldados rebeldes e uma pessoa que passava pelo local. Confrontos entre manifestantes e forças de segurança na cidade de Taiz, no sul, deixaram mais dois mortos.

Em outros locais da capital ocorreram distúrbios envolvendo manifestantes e forças de segurança e disparos foram ouvidos em áreas próximas da residência de Saleh e do escritório de seu filho, Ahmed, comandante das Guardas Republicanas e Forças Especiais.

No bairro nobre de Hadah, onde residem altos funcionários do governo assim como líderes tribais que se opõem a Saleh, ocorreram confrontos entre forças leais ao filho do presidente e grupos de combatentes tribais que se opõem ao regime.

As informações são da Associated Press.