Confrontos entre militantes do Taleban e forças pró-governo deixaram 15 mortos entre a madrugada de domingo (12) e esta segunda-feira no Paquistão. Os choques ocorreram perto da fronteira com o Afeganistão, informaram um funcionário e um líder tribal. Forças de segurança lançaram morteiros e artilharia contra militantes na área de Charmang, na província de Bajur. Nove insurgentes morreram nesse confronto, segundo o funcionário do governo Jamil Khan.
Na manhã desta segunda-feira, membros de tribos pró-governo trocaram tiros com militantes, nas áreas de Nawa e Kotkai, também em Bajur. Quatro militantes e dois membros de tribos morreram, segundo o líder tribal Nazi Jan. A violência cresce no noroeste do Paquistão, enquanto o governo tenta destruir bastiões da Al-Qaeda e do Taleban na área. Além disso, trabalha para que tribos peguem em armas contra os militantes. A situação de instabilidade pode desestabilizar o país, uma potência nuclear. Além disso, prejudica a chegada de investimentos estrangeiros, em uma nação com vários problemas econômicos.
O governo secular e pró-Ocidente diz buscar um consenso nacional em torno do combate ao terrorismo. Parlamentares se reuniram novamente hoje para chegar a um acordo sobre uma política comum sobre o tema. Porém muitos paquistaneses culpam a violência no país ao apoio do governo local aos Estados Unidos na luta contra a Al-Qaeda e o Taleban.
O ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, principal nome da oposição, pediu ontem pelo diálogo com os militantes, citando o exemplo do processo de paz na Irlanda do Norte. O governo diz que negociará apenas com os grupos que renunciarem à violência.