Pelo menos 20 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nesta quarta-feira em confrontos entre manifestantes que protestavam diante do prédio do Ministério da Defesa no Cairo, a capital egípcia, e um grupo que os atacou, informaram oficiais de segurança e representantes de hospitais.
O caso, o mais grave a ocorrer na cidade em semanas, foi o último episódio em mais de um ano de distúrbios no Egito, que se seguiram à queda do ex-ditador Hosni Mubarak, e pode gerar mais tensões a três semanas da eleição presidencial no país.
A junta de generais que assumiu após o afastamento de Mubarak, em fevereiro do ano passado, prometeu transferir o poder para um governo civil até 1º de julho, mas o compromisso não impediu a realização de manifestações que exigem a saída imediata dos militares.
Vários candidatos presidenciais suspenderam suas campanhas em protesto ao que eles chamaram de falha dos dirigentes militares em impedir a violência de hoje. Alguns políticos também boicotaram um encontro que teriam com os generais. A reunião, no entanto, foi mantida para discutir a formação de um comitê para elaborar uma nova Constituição. As informações são da Associated Press e Dow Jones.