Confrontos na Síria deixam 6 mortos

Forças de segurança sírias abriram fogo contra manifestantes nesta sexta-feira, matando pelo menos seis pessoas durante protestos que reuniram milhares de sírios que pedem a queda do presidente Bashar Assad. Também ocorreram confrontos entre tropas e forças contrárias ao governo na região central do país pelo terceiro dia seguido, afirmaram ativistas.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, informou que seis pessoas foram mortas nas cidades de Hamas, Homs e Rastan, área central do país, onde confrontos entre tropas e militares desertores ocorrem há dias. O ativista Mustafa Osso afirmou que 11 pessoas foram mortas, mas é impossível verificar a autenticidade das informações.

Os protestos se espalharam a partir da capital, Damasco, e cidades próximas para a província de Deraa, ao sul, Idlib, ao noroeste e para Hama e Homs.

Vídeos amadores colocados na internet por ativistas mostram milhares de pessoas gritando em apoio à rebelião em Rastan, onde os confrontos continuavam nesta sexta-feira.

“Rastan vai derrubar o regime”, dizia uma faixa segurada por manifestantes no bairro de Qadam, em Damasco. Muitos manifestantes cobriam seus rostos com panos e máscaras para esconder suas identidades.

O governo sírio proibiu o trabalho de jornalistas estrangeiros no país e colocam pesadas restrições à cobertura da mídia local, o que dificulta a verificação dos fatos. A Organização das Nações Unidas diz que cerca de 2.700 pessoas já morreram por causa da repressão do governo contra as manifestações, iniciadas em meados de março.

Os protestos desta sexta-feira ocorreram após o principal serviço religioso semanal dos muçulmanos e foram semelhantes às manifestações realizadas em toda a Síria todas as sextas-feiras nos últimos meses, desde o início do levante contra a Assad.

Um oficial militar disse nesta sexta-feira que dois dias de confrontos entre tropas sírias e forças contrárias a Assad deixaram sete soldados e policiais mortos. Segundo ele, 32 soldados sírios ficaram feridos durante a operação “qualitativa” realizada na quinta e sexta-feira para esmagar os homens armados escondidos na cidade. As informações são da Associated Press.

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