A polícia da Tunísia e homens armados não identificados entraram em confronto perto da fronteira da Líbia nesta segunda-feira, matando ao menos 26 pessoas, disseram autoridades, em meio a preocupações crescentes de que o extremismo violento na Líbia poderia desestabilizar a região.
Entre os mortos estão 21 agressores, um soldado da Tunísia e quatro civis, informaram os ministérios do Interior e de Defesa, em uma declaração conjunta. Uma menina de 12 anos de idade estava entre os civis que foram mortos.
Os homens armados atacaram um posto policial e instalações militares na madrugada na cidade fronteiriça de Ben Guerdane na Tunísia oriental, disse o porta-voz do Ministério do Interior,
Yasser Mosbah, à Associated Press.
O funcionário do hospital Abdelkrim Sakroud disse à rádio estatal que três cadáveres tinham chegado, incluindo uma menina de 12 anos de idade.
Os militares da Tunísia enviaram reforços e helicópteros para a área ao redor de Ben Guerdane e as autoridades estavam em busca de outros agressores. Os ministérios pediram para que os moradores ficassem em casa.
A violência ocorreu em meio à crescente preocupação internacional com extremistas do Estado Islâmico na Líbia. A preocupação do governo democrático da Tunísia aumentou depois que dezenas de turistas foram mortos em ataques extremistas na Tunísia no ano passado.
Na semana passada, as forças de segurança da Tunísia mataram cinco homens fortemente armados durante um tiroteio depois que eles cruzaram para o país a partir da Líbia com um grupo maior. As forças de segurança tunisinas tinham sido colocados em alerta em meio a “informações precisas” sobre possíveis infiltrações na fronteira após a operação policial dos EUA em uma acampamento perto da cidade líbia de Sabratha, não muito longe da fronteira com a Tunísia, no dia 19 de fevereiro, disse o comunicado.
A Tunísia foi alvejada no ano passado por três ataques – reivindicados pelos Estado Islâmico – que deixaram 70 pessoas mortas. De acordo com autoridades tunisinas, os militantes tinham sido treinados na Líbia. Fonte: Associated Press.