Confrontos e ataques deixam 35 mortos no Iraque

Confrontos entre integrantes do Exército iraquiano e sunitas armados que isolaram uma cidade da região central do país deixaram 22 mortos, um dia depois de um sangrento incidente envolvendo soldados e manifestantes ter resultado na morte de 56 pessoas. Outros episódios de violência deixaram 13 mortos em outras partes do país. Autoridades iraquianas informaram que entre terça-feira e hoje, 110 pessoas morreram no Iraque.

Os episódios de violência elevam as tensões entre sunitas e xiitas e aumentam os temores de que o país pode estar se encaminhando para uma nova rodada de violência sectária.

Os confrontos desta quarta-feira tiveram início depois que as estradas que levam a cidade sunita de Qara Tappah serem bloqueadas por membros de tribos sunitas. Tropas do governo chegaram para tentar abrir a cidade e houve confrontos. Helicópteros dispararam contra os sunitas e a polícia informou que 15 deles e sete soldados morreram.

Em outro ponto da cidade, três homens armados foram mortos quando atacaram um posto de verificação perto da cidade de Mosul, ex-reduto da Al-Qaeda, a 360 quilômetros a noroeste de Bagdá.

Mais tarde, um carro-bomba atingiu uma patrulha no norte de Bagdá, matando um policial e dois civis, informou a polícia. No final da tarde, um carro-bomba explodiu nas proximidades de um ponto de ônibus de Bagdá, no bairro majoritariamente xiita de Husseiniyah, matando sete pessoas e ferindo 23.

A violência desta quarta-feira ocorre um dia depois de forças de segurança terem invadido um acampamento de protesto sunita na cidade de Hawija, dando início a violentos confrontos e a uma série de ataques, a maioria contra mesquitas sunitas, que deixaram 56 mortos.

O Ministério da Defesa do Iraque disse que as forças de segurança entraram na área de protesto para tentar realizar prisões relacionadas a um ataque a um postos de verificação próximo, ocorrido dias antes, e teriam sido alvo de intenso tiroteio de vários tipos de armas.

As ações de terça-feira aconteceram após quatro meses de protestos – em sua maioria pacíficos – realizados pela minoria sunita contra o governo, liderado por xiitas. Os sunitas iraquianos dizem que enfrentam discriminação, particularmente na aplicação da dura lei antiterrorismo, que afirmam, os afeta injustamente. O governo costuma realizar prisões em áreas sunitas sob acusações de que os detidos têm ligações com a Al-Qaeda ou com o deposto regime baathista do ditador Saddam Hussein. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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