Confrontos deixam 36 mortos no Paquistão

Mísseis dos Estados Unidos e confrontos entre tropas paquistanesas e militantes mataram 36 pessoas, incluindo cinco soldados, na madrugada de hoje no Paquistão. A violência ocorreu nas zonas tribais, próximas da fronteira afegã.

A luta do Paquistão contra os militantes e os ataques de aviões não tripulados dos EUA contra líderes do Taleban e da Al-Qaeda se concentram na montanhosa área do noroeste paquistanês, perto do Afeganistão, na zona que Washington qualifica como a mais perigosa do planeta.

Aeronaves não tripuladas dos EUA destruíram uma instalação no Waziristão do Norte, uma área de concentração de militantes do Taleban e da Al-Qaeda, matando seis supostos rebeldes, segundo funcionários do setor de segurança do Paquistão.

Washington considera o cinturão tribal semiautônomo como a sede da Al-Qaeda e acusa os militantes de tramar nessa área ataques contra os 126 mil soldados dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em solo afegão.

Os mísseis atingiram instalações de Zamir Khan, um líder tribal local, na vila de Tapi, cerca de 20 quilômetros a leste de Miranshah, principal cidade do Waziristão do Norte, segundo fontes do setor de segurança. A identidade das vítimas ainda não estava clara.

A área é dominada pela rede Haqqani, apontada como responsável por ataques contra tropas dos EUA no Afeganistão. Também atua ali o senhor de guerra Hafiz Gul Bahadur, que controla até dois mil combatentes na insurgência afegã.

Ofensiva

Paramilitares e soldados do Paquistão realizam uma nova ofensiva, em sua segunda semana, contra o Taleban no distrito tribal de Orakzai. Acredita-se que muitos rebeldes fugiram para essa área, após uma grande ofensiva no Waziristão do Sul no ano passado.

Confrontos com militantes em Khyber deixaram cinco soldados e 25 rebeldes mortos, segundo fontes oficiais. A área é a principal rota de passagem do noroeste paquistanês para o vizinho Afeganistão e a principal rota de suprimento das tropas estrangeiras no território afegão.

Cerca de cem militantes lançaram o ataque no campo em Jansi, perto da cidade de Bara, disse o chefe da administração local, Shafirullah Wazir. Cinco soldados morreram no ataque, segundo ele. Wazir afirmou ainda que 25 terroristas morreram e muitos outros se feriram. Entre os militares, 15 ficaram feridos.

Nenhum dos dados fornecidos pelas autoridades pode ser verificado de modo independente, já que o acesso às áreas onde ocorrem as operações militares é bastante limitado. Nenhum grupo rebelde assumiu a autoria dos ataques de hoje contra as forças oficiais. As informações são da Dow Jones.

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