Confronto com manifestantes mata 1 e fere 676 no Egito

Centenas de policiais entraram em confronto com manifestantes hoje na Praça Tahrir, no Cairo, capital do Egito, quando as forças de segurança tentaram encerrar uma manifestação, iniciada há vários dias. Uma pessoa morreu e 676 ficaram feridas, segundo a agência estatal de notícias. O episódio de violência ocorre apenas nove dias antes do país realizar a primeira eleição após a queda do presidente Hosni Mubarak.

Em cenas que lembram os 18 dias de protestos que colocaram fim ao regime de Mubarak, manifestantes jogaram pedras contra os policiais hoje e uma multidão cercou e incendiou um veículo da polícia. As forças de segurança usaram balas de borrachas, gás lacrimejante e cassetetes para tentar liberar a área, onde um pequeno grupo estava acampado. Depois mais manifestantes chegaram ao local. Ainda não está claro o número de presos ou feridos. Os protestos continuavam no início da noite (horário local).

Ontem, dezenas de milhares de pessoas se reuniram na Praça Tahrir para protestar contra o conselho militar que governa o Egito. Os manifestantes são contra tentativas dos militares de se auto concederem poderes especiais sobre o futuro governo eleito.

Os militares aceitem manifestações durante o dia na praça, mas alegam que os acampamentos paralisam a cidade. Grupos de defesa dos direitos humanos estimam que quase 12 mil pessoas foram julgadas em tribunais militares desde a queda de Mubarak.

Embora estejam unidos contra a proposta de dar qualquer poder aos militares, políticos islâmicos e liberais brigam entre si para conseguir votos na eleição parlamentar que deve começar no dia 28 de novembro. Os vencedores vão ajudar a escolher quem vai escrever a nova Constituição do país. As informações são da Associated Press.

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