O candidato a vice-presidente da Libéria, George Weah, disse que pelo menos quatro pessoas foram mortas nesta segunda-feira, quando militantes do seu partido entraram em choque com a polícia em um comício, a menos de 24 horas do segundo turno das eleições presidenciais, vistas como um teste para a paz no país da África Ocidental. O ambiente em Monróvia é tenso desde que Winston Tubman, líder do partido da oposição, Congresso para uma Mudança Democrática, pediu aos eleitores que não votem na terça-feira.
“Três ou quatro dos nossos foram mortos e vários feridos. A polícia chegou armada e começou a atirar nas pessoas, que apenas queriam a paz”, disse Weah, que é do mesmo partido de Tubman. O Congresso para uma Mudança Democrática enfrenta o partido governista da presidente Ellen Johnson Sirleaf na terça-feira. Ela tenta a reeleição.
Observadores internacionais rejeitaram as acusações de Tubman e Weah, de que existe fraude no processo eleitoral a favor da presidente, e analistas políticos dizem que Tubman decidiu boicotar o sufrágio porque sabe que perderá o segundo turno. O Carter Center, que enviou observadores à eleição na Libéria, fez um apelo a Tubman para que não boicote o segundo turno amanhã.
Nesta segunda-feira, o quartel-general de Tubman e Weah, um ex-astro do futebol africano, estava no caos, com o corpo de um homem na faixa dos 20 anos caído em uma poça de sangue. Outros quatro feridos, aparentemente a bala, estavam próximos gritando. Milhares de outras pessoas estavam nas imediações gritando.
Ainda não está claro como começou a violência nesta segunda-feira. Os manifestantes se reuniram para reforçar o pedido por boicote feito por Tubman e Weah.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.