Os conflitos iniciados em abril no Burundi, no leste africano, já mataram pelo menos 77 civis, estima a Associação para Proteção dos Direitos Humanos e Pessoas Detidas. Em meio a uma tensão política no país, os confrontos ocorrem entre forças de segurança leais ao governo e rebeldes contrários à reeleição do presidente Pierre Nkurunziza.

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Pierre Claver Mbonimpa, líder da associação, disse nesta sexta-feira que pelo menos mil pessoas foram detidas e outras dezenas de prisioneiros foram torturadas desde o início dos conflitos. Um porta-voz da polícia, Pierre Nkurikiye, nega as torturas. A unidade da Cruz Vermelha no país diz que só em Bujumbura, a capital, pelo menos 24 civis morreram, com 591 feridos.

Os protestos começaram após o presidente anunciar em abril que buscaria um terceiro mandato, apesar do impedimento para isso na Constituição, que só permite dois mandatos.

O presidente, que é da etnia Hutu, foi eleito de forma indireta em 2005. Em 2010, venceu novamente, desta vez pelo voto popular, mas em uma eleição sem rivais. Aliados dizem que ele poderia buscar a reeleição, já que da primeira vez foi colocado no cargo pelo Parlamento, e não por voto direto. Fonte: Associated Press.

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