Conflitos na Síria já somam pelo menos 75 mortes hoje

Pelo menos 75 manifestantes foram mortos na Síria em conflitos com forças de segurança nesta sexta-feira, segundo testemunhas e grupos de direitos humanos. Hoje já é o dia mais violento do conflito que já dura um mês, com o registro do maior número de mortes. Entre os mortos encontram-se um homem de 70 anos e duas crianças de 7 e 10 anos, de acordo com a Anistia Internacional.

Soldados dispararam com armas de fogo e gás lacrimogêneo contra multidões que protestavam contra o regime sírio em diversas partes do país. O número de mortos deve crescer, aumentando os temores de uma explosão de violência no sábado à medida que os mortos forem enterrados. Imagens feitas por aparelhos celulares mostram uma fila de corpos no chão dos edifícios. Mais de 20 pessoas encontram-se desaparecidas.

Testemunhas disseram ter visto pelo menos cinco corpos em um hospital nos arredores da capital síria, Damasco. Outras dez pessoas, incluindo um garoto de 11 anos, foram mortas na província de Daraa, durante um protesto diante da prefeitura da cidade de Izraa, afirmaram as testemunhas, que não se identificaram por medo de represálias.

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, ratificou ontem a lei que encerrou o estado de emergência vigente há 48 anos, numa tentativa de acalmar os opositores ao seu governo. As manifestações de hoje são um sinal de que as ações do presidente não surtiram efeito.

Mais de 200 pessoas morreram em choques com forças de segurança sírias desde meados de março, quando teve início a onda de protestos contra o governo. As informações são da Associated Press.

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