Conflitos deixam 147 mortos em seis dias no Sul da Líbia

Seis dias de conflitos tribais mataram 147 pessoas e deixaram 395 feridas no sul da Líbia, anunciou a ministra da Saúde do país neste sábado. Fatma al-Hamroush disse numa coletiva em Trípoli que cerca de 180 pessoas foram levadas à capital para receber tratamento de emergência. Os conflitos ocorreram na cidade remota e desértica de Sabha, a 650 quilômetros de Trípoli, e ressaltam a fragilidade do governo líbio, especialmente nos assentamentos isolados no sul.

Com exército e polícia recém-criados, o Conselho Nacional de Transição da Líbia depende de milícias formadas por antigos rebeldes para manter a paz, e as grandes distâncias do país tornam a situação mais difícil. Os 40 anos de governo do ditador deposto Muamar Kadafi deixaram uma rede de rivalidades locais. Em Sabha, tribos árabes que tinham conexões com Kadafi lutaram contra a tribo africana Tabu, que combateu o ditador.

Moradores da região disseram que a rivalidade se transformou num conflito aberto na última segunda-feira (26) após um integrante da tribo Tabu atirar em outro da tribo árabe Abu Seif. Uma delegação de anciãos Tabu e homens armados que participariam de negociações para reconciliação foram então emboscados, segundo moradores do local. As tribos já se enfrentaram em outra região de oásis, chamada Kufra, em fevereiro.

A ministra da Saúde disse que Trípoli enviou grande quantidade de ajuda emergencial à cidade, mas que ainda há necessidade de suprimentos médicos. Uma equipe da Organização das Nações Unidas (ONU) na Líbia afirmou que também enviou ajuda, inclusive kits médicos.

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