A onda de violência entre cristãos e muçulmanos no leste do Paquistão intensificou-se neste sábado, deixando seis mortos, segundo autoridades locais.
Os conflitos começaram na quinta-feira, quando membros de uma extinta organização muçulmana começaram a incendiar casas de cristãos na cidade de Gorja, na região de Punjab.
Os cristãos foram acusados de profanar páginas do Alcorão, o livro sagrado do Islã. “Não há verdade na alegação”, contestou Shahbaz Bhatti, ministro das Minorias do Paquistão.
Bhatti, que esteve ontem em Gorja, afirmou que pediu à polícia local que protegesse os cristãos que estavam sofrendo ameaças, mas que a polícia teria ignorado suas instruções.
O ministro disse ainda que centenas de radicais voltaram a incendiar casas de cristãos neste sábado, matando seis pessoas, entre elas quatro mulheres e uma criança.
O Paquistão é um país onde a população é formada predominantemente por muçulmanos sunitas e os cristãos são uma pequena minoria. As duas partes convivem de modo pacífico durante a maior parte do tempo.
Mas, desde os ataques de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, militantes pró-Taleban passaram a atacar cristãos por serem, supostamente, simpatizantes dos Estados Unidos.