Rebeldes xiitas e integrantes de milícias sunitas se enfrentaram em Sanaa, capital do Iêmen, nesta sexta-feira pelo segundo dia seguido. Pelo menos 120 pessoas, a maioria combatentes, foram mortas nas últimas 24 horas. Outras milhares deixaram suas casas.

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Tropas impediram os rebeldes xiitas conhecidos como Hawthis de se aproximarem do aeroporto, ao norte da capital. Contudo, a agência de aviação civil disse que a maior parte das companhias aéreas estrangeiras suspenderam os voos para Sanaa por 24 horas devido à situação de insegurança.

O ódio entre xiitas e sunitas estava contido no país. Pouco menos da metade da população é xiita, mas quase todos pertencem a uma única versão da ramificação, chamada Zaydi, vista como muito próxima do islamismo sunita. As duas comunidades se revezaram na elite política e militar do país por muito tempo. Nos últimos meses, contudo, os Hawthis se tornaram os mais poderosos agentes do país. Eles tomaram o controle de cidades ao norte e chegaram à capital.

Seus principais oponentes são os radicais islâmicos sunitas, milícias e unidades militares aliadas ao partido Al-Islah, braço da Irmandade Muçulmana no Iêmen, e combatentes de tribos simpatizantes da Irmandade ou da Al-Qaeda.

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O governo do presidente do Iêmen, Abed Rabbo Mansour Hadi, aliado dos EUA, parece estar no meio das duas forças. Em reunião com diplomatas estrangeiros nesta sexta-feira, Hadi descreveu a presença dos Hawthis na capital como uma “tentativa de golpe para derrubar o Estado”.

A Organização das Nações Unidas (ONU) tenta mediar um acordo político entre Haid e os Hawthis, que alegam buscar reformas econômicas e um novo governo. Após retornar da fortaleza dos Hawthis nesta sexta-feira, o enviado da ONU ao Iêmen, Jamal Benomar, disse que passou 10 horas com os líderes do grupo durante as quais “tentamos construir uma ponte entre as partes”. Fonte: Associated Press.

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