Condoleezza visita Líbano e se encontra com presidente Suleiman

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, levou a aprovação norte-americana aos planos para um novo governo do Líbano que iriam aumentar o poder dos militantes do Hezbollah. Condoleezza fez uma visita não anunciada a Beirute nesta segunda-feira (16).

A chanceler americana se encontrou com líderes do futuro governo de coalizão, ainda em fase de negociação. "Parabéns", disse Condoleezza a Michel Suleiman, chefe do Exército eleito no mês passado como presidente. "Nós todos apoiamos bastante sua presidência e seu governo".

No vôo de Israel para o Líbano, a secretária de Estado disse que levaria uma mensagem de apoio à democracia no país. Além disso, seria discutido "como os Estados Unidos podem apoiar as instituições de um Líbano livre".

O Hezbollah, tanto um partido político como uma milícia, ganhou poder de veto sobre o governo, em um acordo no mês passado, que encerrou uma paralisia política de 18 meses. Durante o impasse, aconteceram os piores episódios de violência no país desde a guerra civil (1975-90).

Os Estados Unidos prefeririam que o Hezbollah não ampliasse seu poder, mas julgam o acordo um passo necessário para a estabilidade. Washington considera o grupo, apoiado por Irã e Síria, uma organização terrorista.

O acordo, alcançado com o auxílio de mediadores árabes, permitiu que o Parlamento libanês elegesse um novo presidente. A eleição de Suleiman trouxe alívio palpável para os libaneses, temerosos com a possibilidade de uma nova guerra civil no país. Também marcou uma mudança no equilíbrio de poder, em favor da oposição liderada pelo Hezbollah.

Condoleezza é o primeiro funcionário do alto escalão dos Estados Unidos a visitar o Líbano desde a realização do acordo para divisão do poder. Ela se encontrou com Suleiman pela primeira vez.

"Foi realmente agradável conhecer o presidente. Eu sei que foi uma luta para o Líbano conseguir a eleição de seu presidente", recordou. "Mas eu vou embora sabendo que o Líbano conseguiu eleger um ótimo homem. Estamos ansiosos para trabalhar com ele".

Ainda assim, o crescimento do Hezbollah é uma derrota para os EUA, que apoiaram fortemente o governo libanês por três anos e estão preocupados com o aumento da influência do Irã no Oriente Médio. Condoleezza frisou que os EUA "apóiam o governo do Líbano democraticamente eleito". "Esses que nós apoiamos", frisou.

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