Condenados por atentado de Bali têm apelo final rejeitado

A Indonésia rejeitou os apelos finais de três militantes islâmicos condenados pelos atentados de Bali, em 2002. Com isso, o trio pode em breve ser executado pelos ataques que mataram 202 pessoas, a maioria turistas estrangeiros. O chefe da corte distrital de Denpasar, Nyoman Gede Wirya, disse nesta quinta-feira (17) que os homens agora serão formalmente questionados sobre se gostariam de pedir clemência ao presidente – única alternativa para escaparem da pena de morte.

Em entrevistas e escritos da prisão, os três não mostraram remorso. Para eles, os ataques foram uma vingança por causa da morte de muçulmanos no Afeganistão e em outros lugares. Os três réus foram condenados em 2003 por planejar e auxiliar na execução dos ataques de 12 de outubro, em duas discotecas lotadas na ilha. Cerca de 30 militantes foram condenados no caso mas pelo menos quatro dos suspeitos permanecem foragidos.

Wirya afirmou ter recebido um documento da Suprema Corte afirmando que os três apelos por revisão dos casos foram rejeitados. Outras duas petições nesse sentido haviam sido rechaçadas anteriormente. A Indonésia não deu mais detalhes. O governo do país nunca revela com antecedência quando execuções acontecerão. E hoje não há indicações de que as mortes são iminentes. Há prisioneiros que estão há 15 anos no corredor da morte. No entanto, o caso dos envolvidos nos atentados de 2002 corre mais rápido.

Os ataques de Bali foram executados por membros e pessoas ligadas ao Jemaah Islamiyah, uma rede local de militantes, em sua maioria treinados no Afeganistão. Segundo a polícia e ex-militantes, a rede Al-Qaeda forneceu dinheiro e algum treinamento para os autores dos atentados. A execução dos condenados pode motivar protestos na Indonésia, país muçulmano mais populoso do mundo. Porém, alguns analistas apontam que a reação deve ser pequena e mais limitada a demonstrações de solidariedade durante os funerais.

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