O comunicado divulgado nesta terça-feira (8) pelo Grupo dos Oito (G-8, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia) ao término do segundo dia de encontro no Japão não pede uma interrupção do desenvolvimento dos biocombustíveis, cuja produção é apontada como uma das causas da disparada dos preços dos alimentos.
Os Estados Unidos, um dos principais produtores globais de biocombustíveis, que utiliza o milho como matéria-prima, são contra a interrupção. Mas o comunicado diz que os governos devem "garantir a compatibilidade das políticas entre produção de biocombustíveis e segurança alimentar".
Os líderes do G-8 também pediram a promoção e o desenvolvimento da "segunda geração de biocombustíveis", que são produzidos a partir de matérias-primas não utilizadas na alimentação.
"Quanto a este assunto, trabalharemos juntos com outros países relevantes no setor para desenvolver referências com base científica e indicadores para o uso e produção de biocombustíveis", afirma o comunicado.
O G-8 também pede que os países produtores suspendam às restrições à exportação de alimentos, já que elas intensificam a crise global no setor e contribuem para o aumento dos preços dos grãos.
As nações do G-8 estão "determinadas a tomar todas as medidas possíveis de maneira coordenada, incluindo atender às necessidades das pessoas mais vulneráveis".
Medidas que serão adotadas ao longo de anos incluem aumentar o investimento agrícola mundial, ajudar os produtores a se tornarem mais produtivos, promover a pesquisa e o desenvolvimento agrícola e melhorar a infra-estrutura, sistemas de irrigação, transporte e controle de qualidade.