O início das negociações do Brexit está pressionando companhias britânicas para que se estabeleçam em outros países da União Europeia. No fim deste mês, a primeira-ministra britânica, Theresa May, irá iniciar oficialmente a separação britânica da UE (processo conhecido como Brexit).
Há uma grande incerteza em torno das ramificações de negócios no processo do Brexit. As empresas podem acabar como uma entidade pós-Brexit incapaz de operar, comercializar ou transferir fundos de uma forma transparente em todo o continente. Com isso, muitas companhias já estão tomando medidas para evitar esse risco.
Por enquanto, não está claro se as empresas podem utilizar todo o período de dois anos ou se a UE vai acelerar o processo de saída que pode criar um acordo comercial que permita às companhias britânicas negociarem com a UE sem ter que recorrer às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O Lloyds, por exemplo, começou a procurar um local para uma nova subsidiária na UE. A empresa precisa de uma nova unidade porque perderá direitos de licenciamento transfronteiriços após o Brexit. O banco deseja que a sua subsidiária na UE seja operacional “desde o primeiro minuto que o Reino Unido pular fora do bloco”.
A Aviva, por sua vez, irá tornar sua unidade na Irlanda em uma subsidiária. “O processo está apenas em seu início”, disse um porta-voz da companhia, que tem outras subsidiárias locais em outros mercados europeus, como Espanha, Itália e França.
Já a LG Electronics decidiu transferir sua sede europeia para Eschborn, na Alemanha, como parte de um esforço de centralização, antes da saída britânica. O voto a favor do Brexit pesou sobre a decisão da companhia eletrônica, disse o porta-voz Klaus Petri. Fonte: Dow Jones Newswires.