Apesar da crise política que envolve a China e o Tibete, provocando violência nas ruas de Lhasa desde a semana passada, o Comitê Organizador da Olimpíada de Pequim confirmou nesta quarta-feira (19) que irá manter o percurso da tocha olímpica. Assim, o Tibete e o Monte Everest continuam no trajeto do principal símbolo dos Jogos.
Na terça-feira (18), um grupo de manifestantes fez um protesto em frente à sede do Comitê Olímpico Internacional (COI), na Suíça, pedindo para cancelar a passagem da tocha pelo Tibete. Na ocasião, a entidade garantiu que não pretende mudar o percurso do artefato, o que foi corroborado nesta quarta pelo Comitê Organizador da Olimpíada.
"A passagem da tocha pelo Tibete será realizada conforme programado", avisou o vice-presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Jiang Xiaoyu, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira. "Acreditamos que o governo da Região Autônoma do Tibete será capaz de assegurar estabilidade em Lhasa e no Tibete para permitir a passagem da tocha."
A previsão é que a tocha olímpica passe pelo Tibete em abril, mas ainda não há uma data certa. O Comitê Organizador acredita que levar o artefato ao topo do Monte Everest, a montanha mais alta do mundo (8.850 metros), "será um grande feito da história olímpica", como disse Jiang Xiaoyu.