Comitê de apoio a Betancourt anuncia manifestação

A decisão do governo de Bogotá de suspender a mediação do presidente venezuelano Hugo Chávez com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) despertou "consternação" e "surpresa" da família de Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial franco-colombiana refém das Farc desde 2002.

Depois do anúncio unilateral do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, sobre o fim da intervenção de Chávez nas negociações de libertação dos reféns, o comitê de apoio a Betancourt anunciou que organizará uma manifestação de protesto para a tarde de sábado na frente da casa do embaixador colombiano em Paris.

"Mais do que consternação, trata-se de uma coisa dramática", disse Fabrice Delloye, ex-marido de Betancourt e pai de seus dois filhos, Melanie e Lorenzo.

Para Delloye, a mediação de Chávez era "inigualável para poder chegar nos próximos meses a um acordo humanitário" que permitisse a libertação dos cerca de 50 reféns nas mãos dos guerrilheiros.

"O comportamento de Uribe demonstra que ele não quer encontrar uma solução pacífica e não quer a libertação de nossos reféns", acrescentou Delloye.

Depois que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu na manhã de hoje que Uribe mantivesse o diálogo "aberto" com Chávez, o porta-voz do Palácio Eliseu, David Martinon, reiterou: "Continuamos a acreditar que Hugo Chávez seja a melhor chance de libertar a Ingrid Betancourt e todos os outros reféns".

Por sua vez, o porta-voz do comitê de apoio à Betancourt, Hervé Marro, disse que "Uribe matou as esperanças".

"Ele não tinha o direito de destroçar a vida das famílias dos reféns na proximidade do Natal. Os filhos de Ingrid estão destruídos por essa notícia inesperada", acrescentou.

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