Comissário de paz perde a paciência e reclama das Farc

O comissário de paz do governo da Colômbia, Luis Carlos Restrepo perdeu a paciência nesta segunda-feira (31) com o atraso na operação para resgatar três reféns que a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Restrepo acusou a guerrilha de "enganar" e "faltar com o respeito" ao povo colombiano.

Ele também disse que o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, uniu-se ao grupo de funcionários venezuelanos e colombianos, incluído o chanceler venezuelano Nicolas Maduro, e os observadores internacionais, que desde a sexta-feira esperam as indicações das Farc para resgatar os reféns.

Uribe passou uns dias de descanso em uma das suas propriedades rurais no norte da Colômbia. "Estamos acostumados aos enganos das Farc", disse, ao ser questionado sobre os motivos da missão ser prolongada. A missão deverá devolver a liberdade a Clara Rojas, ex-assessora da campanha presidencial da ex-senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt; ao filho de Rojas, Emmanuel de 3 anos; e à ex-congressista colombiana Consuelo González.

Apesar do esperado fim da missão, as "Farc mentem ao país. Nós conhecemos eles há 40 anos. Eles faltam com o respeito a todo mundo," disse Restrepo, visivelmente irritado com o atraso da missão humanitária.

Mais cedo, dois outros helicópteros venezuelanos, de pequeno porte, chegaram a Villavicencio, o que pode indicar que o resgate ocorrerá em um local de difícil acesso. O chanceler venezuelano Nicolas Maduro também chegou hoje mais cedo a Villavicencio, em um avião Falcon 90 sem insígnias. Aparentemente, maduro veio para tentar dar impulso às negociações e para impedir que alguns dos observadores internacionais partissem. Alguns dos observadores teriam manifestado o desejo de passar o Réveillon nos seus países.

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