A comissão eleitoral do Iraque ordenou hoje uma recontagem manual dos votos na capital Bagdá. A medida pode alterar o resultado e também quem será o próximo primeiro-ministro do país. “O painel judicial decidiu recontar os votos em Bagdá”, afirmou Hamdiyah al-Husseini, da Alta Comissão Eleitoral Independente.
A decisão foi tomada após uma apelação do primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, por um resultado inconclusivo ser divulgado sobre as eleições de 7 de março. Um segundo funcionário da comissão, Iyad al-Kenani, confirmou que a recontagem será manual.
Bagdá representa 70 cadeiras do Parlamento de 325 postos do Iraque, sendo o maior colégio eleitoral do país. A aliança Estado de Direito, de Maliki, obteve 26 cadeiras na capital, segundo resultados divulgados porém não ainda ratificados oficialmente. Já a aliança do ex-primeiro-ministro Iyad Allawi ficou com 24 cadeiras em Bagdá. No total, o grupo de Allawi ficou com 91 cadeiras e o de Maliki, com 89.
A aliança que apoia Maliki denunciou fraudes na disputa em Bagdá. O painel judicial que ordenou a recontagem foi estabelecido pela comissão a fim de lidar com supostas denúncias envolvendo as eleições.