Ao comentar hoje sobre o caso de Michael Flynn, ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, o presidente do país, Donald Trump, pode ter admitido que cometeu obstrução de Justiça, apontou a imprensa americana.

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Flynn fez um acordo com a Polícia Federal americana para testemunhar que foi instruído a fazer contato com autoridades russas durante as eleições de 2016. Na sexta-feira, o ex-conselheiro se declarou culpado por mentir ao FBI sobre seus contatos com os russos.

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Na mensagem em seu Twitter neste sábado, Trump disse que demitiu Flynn por ele ter mentido ao FBI e ao vice-presidente, Mike Pence. A demissão do conselheiro ocorreu em fevereiro, e à época, apenas se sabia que Flynn havia mentido para Pence, não ao FBI.

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Ao publicar sobre o caso, Trump pode ter revelado que estava ciente de que Flynn cometeu perjúrio ao testemunhar às autoridades americanas, o que configura obstrução de Justiça, segundo comentaram especialistas ao site Politico e ao The Hill, especializados em cobertura política de Washington.

“Eu tive de demitir o General Flynn porque ele mentiu ao vice-presidente e ao FBI. Ele se considerou culpado dessas mentiras. É uma pena, porque suas ações durante o período de transição de governo foram legais. Não havia nada a esconder!”, escreveu o presidente americano hoje à tarde.

De acordo com a Associated Press, “o presidente Trump mudou a versão de sua história sobre os motivos de ter demitido Michael Flynn. Segundo a agência de notícias “não se sabe os motivos de Trump ter citado a mentira ao FBI como um dos fatores para a demissão de Flynn. Isso sugere que o presidente sabia, no momento, que Flynn havia feito algo ilegal.”