Começou hoje uma recontagem manual dos votos de Bagdá nas recentes eleições parlamentares, com observadores internacionais presentes, como testemunhou um correspondente da AFP. A recontagem ocorre após uma bem-sucedida apelação do primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, que, supostamente, perdeu votos por causa de violações nos postos eleitorais em Bagdá, durante a disputa de 7 de março.

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“Nós vamos contar 600 urnas hoje”, disse Qassim al-Abbudi, um funcionário da Alta Comissão Eleitoral Independente. Funcionários das Nações Unidas e da embaixada dos Estados Unidos estão monitorando o processo.

Bagdá é o maior colégio eleitoral na disputa, com 70 cadeiras em jogo. A recontagem é um fato de uma série de atrasos que interromperam a formação do novo governo.

O bloco do ex-primeiro-ministro secular Iyad Allawi, o Iraqiya, venceu as eleições, derrotando Maliki por 91 votos a 89, segundo os resultados divulgados até o momento. Os números precisam ainda ser ratificados pela Suprema Corte. As duas siglas necessitam de 163 postos para obter um governo de maioria, mas as conversas com partidos menores parecem não avançar.

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Maliki venceu em Bagdá – obtendo 26 cadeiras na capital, ante 24 de Allawi -, porém a recontagem pode levar a uma margem maior de vitória, permitindo talvez que ele vença no plano nacional. Trata-se da segunda eleição nacional no Iraque desde a deposição, em 2003, de Saddam Hussein, após a invasão liderada pelos EUA. As informações são da Dow Jones.