A população do Paraguai vai às urnas neste domingo, 22, para eleger, em único turno, o novo presidente da República, 17 governadores e um novo Congresso, a ser formando por 45 senadores e 80 deputados. As urnas abriram às 7 horas no horário local, 8 horas em Brasília, e fecharão às 16 horas.

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Segundo uma pesquisa, o candidato à presidente do Partido Colorado, Mario Abdo Benítz, aparece na frente, com 20 pontos de diferença para seu oponente, o candidato do Partido Liberal, Efraín Alrege, que encabeça uma aliança com outros partidos de esquerda e de centro. Mas alguns institutos ressaltam que, para se confirmar esse cenário, é preciso haver uma participação de 70% dos 4,2 milhões de inscritos para votar.

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“Eu vou votar em Marito (como Benítez é conhecido). Ele pelo menos é sincero, os outros fazem alianças estranhas”, disse o taxista José Domínguez, que planeja votar no começo da tarde.

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O governista Benítez propõe manter a política econômica do atual presidente, Horacio Cartes, e fala em realizar uma reforma do Poder Judiciário.

O opositor Alegre tenta pela segunda vez ser eleito. Nas eleições de 2013, nas quais não formou nenhuma aliança, perdeu para Cartes por 8 pontos. Neste ano, sua aliança tem como integrante a Frente Guasú, do ex-presidente Fernando Lugo, o único governante não colorado desde 1947, mas que não terminou seu mandato porque foi destituído em 2012.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Alegre afirmou que um de suas propostas de governo é renegociar com o Brasil parte do Tratado de Itaipu e estabelecer os preços de acordo com valor de mercado. O candidato também afirmou querer trabalhar com Brasil e Argentina para reforçar a segurança nas fronteiras e combater o crime organizado e o tráfico de drogas.

Em um país majoritariamente católico, Benítez e Alegre se mostram conservadores e rejeitam tanto a descriminalização do aborto como o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O vencedor deste domingo assumirá a presidência em agosto.