Pelo menos 100 mil pessoas fugiram de suas casas na cidade de Kunduz, no norte do país, em meio a combates entre forças do governo e insurgentes do Taleban, informou a ONU neste sábado. Autoridades locais disseram que combatentes estrangeiros também participam dos ataques.

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O governador da província de Kunduz e o chefe da polícia local sugeriram que os estrangeiros poderiam fazer parte de um pequeno contingente de militantes que prometeu lealdade a um grupo afiliado ao Estado Islâmico no Afeganistão, mas não apresentaram evidências que dessem suporte a essa alegação.

O governador Mohammad Omer Safi disse que os corpos de 18 estrangeiros foram recuperados dos campos de batalha e se verificou que eram de cidadãos do Tajiquistão, Usbequistão, Quirguistão, Turquia e Chechênia. De acordo com Safi, os combatentes estrangeiros, que ele acreditava terem sido formados recentemente no Afeganistão e no vizinho Paquistão, sem experiência em combates, prestaram apoio técnico e financeiro para os militantes do Taleban.

“Nossos homens tem visto forças bem vestidas, com rostos cobertos. Não podemos ignorar a presença de Daesh aqui, e também ouvi dizer que havia diferenças entre os insurgentes”, comentou o chefe da polícia provincial general Abdul Sabor Nasrati, usando um acrônimo em árabe para se referir ao Estado Islâmico.

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Os conflitos em Kunduz começaram em 24 de abril. Milhares de reforços foram mobilizados para a cidade, onde forças do governo lutam contra insurgentes nas linhas de frente que se estendem ao redor da cidade. O governo afegão temia, nos dias seguintes ao primeiro ataque, que a capital da província de Kunduz poderia ser tomada pelo Taleban. Autoridades de segurança disseram agora que a maior parte da área está sob controle governamental.

Fonte: Associated Press

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