Pelo menos quatro pessoas foram mortas na cidade de Benghazi, na Líbia, após tropas do governo e manifestantes governistas terem atacado bases mantidas por milícias islâmicas. A onda de violência se deu após um dia de protestos em que cerca de 30 mil pessoas foram às ruas de Benghazi exigindo o fim da ação dos grupos armados.

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As bases atacadas incluem o quartel general do grupo islâmico Ansar al Sharia, suspeito de envolvimento no ataque contra o consulado americano em Benghazi, que matou o embaixador dos Estados Unidos, Chris Stevens, e mais três pessoas, em 11 de setembro deste ano.

O ataque, no qual o consulado foi incendiado, foi desencadeado por um vídeo amador feito nos Estados Unidos que ridiculariza o Islã e o profeta Maomé. O grupo fundamentalista nega envolvimento na ação contra a representação diplomática americana.

Segundo testemunhas, simpatizantes da milícia Ansar al Sharia se reuniram do lado de fora da sede do grupo, agitando as bandeiras e dando disparos para o alto, para tentar conter a invasão dos policiais e dos ativistas governistas.

A base foi cercada por uma multidão que gritava dizeres como ”não às milícias” e ”Al Qaeda nunca mais”. Durante os confrontos, diversos automóveis nas ruas foram incendiados.

As duas facções teriam lançado foguetes e trocado tiros por duas horas, até que a milícia decidiu se retirar do local. Benghazi foi palco de protestos antimilícias que reuniram milhares de pessoas. Os ativistas em seguida atearam fogo a um dos edifícios centrais do QG [quartel general] miliciano e pilharam um depósito de armas.

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