O conflito entre forças leais ao regime de Muamar Kadafi e insurgentes líbios caminha para um “impasse militar”. A avaliação foi feita ontem por Alain Juppé, chanceler da França, um dos países que lidera a coalizão. Segundo ele, depois de destruir 30% do poder de fogo das Forças Armadas líbias, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) enfrenta dificuldades para atacar, pois o regime agora usa veículos e armas mais leves e se mistura à população civil, usando-a como escudo.
A admissão de que os enfrentamentos na Líbia podem não levar à solução do conflito veio após dez dias de impasse no campo de batalha. No leste, grupos pró e contra o regime se enfrentam nos arredores do porto de Brega, a 790 quilômetros de Trípoli, sem que nenhum dos dois grupos consiga avançar. No oeste, rebeldes seguem sitiados em cidades como Zintan e Nalut.
“No terreno, a situação militar é confusa e indefinida, e o risco de estagnação existe”, afirmou Juppé, em entrevista à rádio France Info. O chanceler francês definiu o conflito como “difícil”, mesmo ponderando que, desde o início dos bombardeios, as coisas evoluíram, porque “grande parte dos aviões, helicópteros e canhões de Kadafi foi destruída”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.