O comandante Conselho Militar dos Exército Livre Sírio, general Salim Idris, confirmou que o grupo recebeu nova armas, o que dá às forças mais poder em confrontos contra tropas do governo e combatentes do Hezbollah.
A informação foi divulgada durante entrevista de Idris à emissora de televisão Al-Jazeera nesta sexta-feira, mas ele se recusou a dizer de onde as armas vieram.
Neste mês, funcionários norte-americanos disseram que o presidente Barack Obama autorizou o envio de armas para rebeldes sírios pela primeira vez. Estados do Golfo Pérsico vêm há tempos enviando armamentos para a oposição síria.
Embora tenha se recusado a revelar a fonte das armas, Idris disse que “gostaria de agradecer aos irmãos e amigos, os quais não quero nomear”. Pressionado a revelar se os armamentos são de origem norte-americana, o comandante disse que “estamos esperando e pedimos a eles que se apressem em fornecer armas e munições”.
O coordenador político e de mídia do Exército Livre Sírio, Louay Muqdad, também confirmou o recebimento à agência France Presse. Segundo ele, o fato pode “mudar o curso da batalha” contra o regime sírio.
“Recebemos quantidades de novos tipos de armas, dentre elas algumas que havíamos pedido, e que acreditamos mudarão o curso da batalha”, afirmou ele.
Ataques
Tropas sírias bombardearam o bairro de Qabun, em Damasco, nesta sexta-feira, na medida em que avançam com o objetivo de expulsar os rebeldes do local, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres.
“As tropas do regime retomaram os bombardeios nesta manhã no bairro de Qabun e violentos confrontos ainda estavam em curso entre soldados e rebeldes na área de periferia”, informou o grupo. “Forças do regime estão atacando a área com disparos de morteiros, tanques e artilharia pesada”, disse o Observatório.
Os confrontos acontecem no terceiro dia de tentativas do governo de expulsar as forças rebeldes do bairro, localizado no nordeste de Damasco, um dos vários distritos da periferia da capital onde as forças de oposição mantêm bases de operação.
Pelo menos um combatentes rebelde morreu e há relatos de baixas entre as tropas do regime, afirmou o Observatório.
Uma explosão foi registrada no bairro por volta da meia-noite (horário local), acrescentou o grupo, mas não estava claro o que causou o estouro e não havia informações sobre danos, mortos ou feridos.
Na cidade de Alepo, norte do país, forças do regime bombardearam vários bairros e confrontos deixaram pelos menos dois rebeldes mortos no bairro central de Sulayman al-Halabi. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires