Com instabilidade, ONU retira staff da capital da Líbia

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que está retirando seu staff internacional de Trípoli por causa da instabilidade na capital líbia. Porta-voz da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Stephanie Bunker disse hoje que os 12 funcionários deixaram o país e estão agora dirigindo-se para a Tunísia.

Ela afirmou que representantes de várias agências da ONU chegaram a Trípoli logo após a coordenadora humanitária da Organização, Valerie Amos, assinar um acordo com o governo líbio em 10 de abril para permitir a presença de agências da Organização na capital do país.

Funcionários internacionais da ONU continuam no reduto de rebeldes de Benghazi, no leste do país. A saída de Trípoli ocorre horas após o líder líbio, Muamar Kadafi, escapar de um ataque com mísseis conduzido pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que, segundo um porta-voz do governo, teria matado um dos filhos e três netos do ditador.

Reino Unido

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse, hoje, que está expulsando o embaixador da Líbia, depois dos ataques à embaixada britânica em Trípoli, atribuído às forças de Muamar Kadafi. Hague confirmou as informações de que a embaixada na capital líbia havia sido destruída e disse que também houve ataques em outras missões diplomáticas em Trípoli.

“Como resultado, eu tomei a decisão de expulsar o embaixador líbio. Ele é ‘persona non grata’, segundo o artigo nono da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, e tem 24 horas para deixar o país”, disse.

Itália

O Ministério das Relações Exteriores da Itália denunciou hoje “atos de vandalismo” contra a embaixada italiana e outras embaixadas estrangeiras em Trípoli. “O Ministério do Exterior confirma que atos de vandalismo ocorreram nesta manhã contra algumas embaixadas estrangeiras em Trípoli, incluindo a embaixada italiana”, disse o Ministério, em comunicado.

“O regime do líder Muamar Kadafi, ao não garantir a proteção necessária para missões diplomáticas estrangeiras em Trípoli, novamente falhou em suas obrigações internacionais básicas”. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.