O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, indicou nesta sexta-feira que pretende tentar a reeleição para garantir a continuidade de suas políticas, embora não tenha anunciado explicitamente sua candidatura para as eleições presidenciais, marcadas para o ano que vem.

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Santos disse a repórteres que fará um anúncio formal dentro do prazo, até novembro. “Para evitar suspeitas, quero dizer que sim, desejo clara e firmemente que as políticas do governo continuem após o dia 7 de agosto de 2014”, disse Santos, referindo-se à data em que o novo governo tomará posse.

“Quero que a política de paz seja reeleita, quero a política habitacional reeleita. Quero aqueles que reduziram a pobreza reeleitos.”

Santos também anunciou que o secretário-geral da presidência, Juan Mesa Zuleta, e o ministro da Habitação, Germán Vargas Lleras, que liderou um programa para dar 100 mil casas, deixaram seus cargos para ocupar a chefia da fundação que ajudou Santos a vencer a eleição presidencial de 2010.

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O anúncio de Santos era esperado por todo o país. Analistas colombianos disseram que a saída de Zuleta e Lleras é uma medida comum de governantes que buscam a reeleição e citaram como exemplo a campanha americana, quando o presidente Barack Obama pediu que seu principal estrategista, David Axelrod, deixasse o governo para se dedicar à campanha pela reeleição.

Imediatamente após o anúncio de Santos, políticos ligados ao ex-presidente Álvaro Uribe criticaram o presidente.

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“Sete em cada dez colombianos não querem a reeleição de Santos, porque o crescimento econômico se estagnou e os investimentos se enfraqueceram”, disse o ex-ministro Óscar Iván Zuluaga.

Uribe, que tornou-se o maior rival político de Santos, acusou recentemente o presidente de instalar na Colômbia um modelo “inspirado em Cuba e na Venezuela”. As informações são da Associated Press.