Colômbia pede que Chávez ‘modere linguagem’

Sem ter uma linha direta de comunicação, o governo da Colômbia pediu publicamente ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, para "moderar sua linguagem" quando se referir ao presidente colombiano, Alvaro Uribe, a fim de criar um ambiente propício ao regresso dos reféns em poder das guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Solicitamos publicamente ao presidente Chávez que modere sua linguagem porque acreditamos que esse anúncio da libertação por parte das Farc (de três reféns) não deve combinar com agravos ao presidente da Colômbia" afirmou o comissário de paz Luiz Carlos Restrepo à rádio Caracol.

Durante um discurso ontem na cúpula do Mercosul em Montevidéu, Chávez disse que "dói muito para ele (Uribe), o respeito que modestamente ganhamos com os distintos atores do conflito colombiano". Restrepo afirmou que os comentários de Chávez ferem "a dignidade dos colombianos e pesam no ambiente". O comissário disse que o governo de Uribe vê "com muito bons olhos esse gesto humanitário das Farc para com o presidente Chávez".

Os familiares dos seqüestrados têm expressado temor de que o Exército lance alguma operação que sabote a libertação de Clara Rojas, assessora de Ingrid Betancourt, seu filho Enmanuel e a ex-congressista liberal Consuelo González, como prometido ontem pelas Farc. Num comunicado enviado aos meios de comunicação, familiares pediram ao governo para "não fazer o que fizeram com as provas de vida" dos reféns oferecidas pelas Farc, que foram interceptadas pelo Exército em ação que culminou com a prisão das três pessoas que as levavam. Apesar do gesto das Farc, a ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt ainda continua refém dos guerrilheiros.

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