O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, informou nesta terça-feira (25) que enviará às chancelarias dos países da região todos os dados que Bogotá possui sobre o equatoriano morto em uma operação militar. Na ação, realizada em 1º de março em solo equatoriano, 25 pessoas morreram, inclusive então número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes. Araújo disse também que a Colômbia não quer causar problemas para os países vizinhos. Segundo ele, seu país quer ter uma cooperação eficaz, para evitar que seus territórios sirvam de refúgio para grupos armados ilegais.
O ministro não se referiu diretamente ao anúncio de Quito de que acionará a Organização dos Estados Americanos (OEA) para apoiar a família do equatoriano morto em um eventual pedido por reparações financeiras e explicações. Contudo, Araújo disse que, após conversar com colegas de outros países da região, "há um consenso de que o tema de discussão no nível da OEA está superado, já que a Colômbia já apresentou as desculpas correspondentes por realizar a operação no território do país vizinho".
O ministro não deu dados sobre o equatoriano. O Ministério da Defesa informou que tratava-se de um membro ativo das Farc e que prestava de Quito, ao menos até 2003, assistência aos guerrilheiros, conseguindo documentos falsos e facilitando a movimentação dos chefes da organização no país vizinho. Em Caracas, o embaixador do Equador na Venezuela, René Vargas, qualificou como "altaneiras" as declarações do ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos. Segundo Vargas, Santos quis dar conselhos sem sentido para o presidente equatoriano, Rafael Correa.