Para investigar

Colômbia e Farc concordam em formar Comissão da Verdade

O governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmaram nesta quinta-feira que formarão no futuro uma Comissão da Verdade, para investigar e estabelecer a responsabilidade pelas atrocidades que ocorreram em meio século de conflito. A notícia sinaliza que as negociações de paz, embora lentamente, estão avançando.

“A construção da verdade é essencial para construir a paz”, afirmaram o governo e as Farc, em comunicado conjunto de Havana, Cuba, onde as negociações de paz começaram em novembro de 2012 para acabar com o conflito que já custou mais de 200 mil vidas.

A comissão será formada por 11 membros, que recolherão relatos de vítimas e outras testemunhas, uma vez que um acordo final seja fechado. Em sua conta no Twitter, Santos disse que a criação da comissão é “um passo importante”.

A informação coletada pela comissão não poderá ser usada para formular casos na Justiça contra os guerrilheiros, as tropas do governo ou os combatentes paramilitares de direita que cometeram abusos.

As negociações de paz, porém, têm problemas sérios para avançar. Os líderes recusam qualquer acordo que inclua algum tempo de prisão para eles, mesmo que a maioria dos colombianos acredite, segundo pesquisas, que as Farc devem pagar pela violência causada. Nas últimas semanas, a Colômbia viveu momentos de tensão, após as Farc acabarem com um cessar-fogo unilateral decretado em abril, matando 11 soldados enquanto eles dormiam em um acampamento. O Exército respondeu com ataques aéreos e matou um ex-negociador da guerrilha. Fonte: Dow Jones Newswires.

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