Colégio de Curitiba inicia projeto de Educação Assistida por Animais

Já está comprovada por inúmeras pesquisas a eficácia da utilização de animais em terapias e atividades de apoio (chamadas de TAA, Terapia Assistida por Animais, e AAA, Atividade Assistida por Animais). Agora, o Instituto Cão Amigo e Cia., lança, em parceria com o Colégio Novo Ateneu, de Curitiba, o projeto "Ler é Bom pra Cachorro", baseado na Educação Assistida por Animais (EAA). A iniciativa, que começa esta semana, será coordenada pela organização sem fins lucrativos, que já desenvolve programas de TAA e AAA em empresas e entidades de outros setores, como asilos e escolas de educação especial.

Além dos voluntários da ONG, os professores e pedagogos do Novo Ateneu também estarão envolvidos com as atividades de leitura. "A atuação do cão no auxílio pedagógico está embasada no fato de que o cão, após ser avaliado em quesitos como obediência, socialização e temperamento e adestrado, atua como um elemento de estímulo à leitura. Ele promove a abertura de um canal de comunicação entre a criança e o texto, estimulando o desenvolvimento da auto-estima do aluno", explica a diretora da escola, Vera Julião.

Ainda de acordo com a educadora, a auto-estima é fator determinante para a aprendizagem efetiva. "Quando a criança obtém êxito no que faz (comandar um cão, por exemplo) passa a confiar mais nas suas capacidades e quanto mais acredita que pode fazer, mais conseguirá. Associar a leitura ao ato de prazer contribui para potencializar o gosto pela atividade", avalia.

O cachorro atua como "ouvinte" no processo de EAA, com possibilidade de respostas a estímulos dados pela própria criança, que é instruída por um orientador. Assim, eles interagem com a história lida, mediante a resposta a comandos de latir, deitar, colocar as patas sobre as orelhas ou buscar elementos físicos (bolas e pequenos objetos) que façam parte da história.

O programa será aplicado principalmente com as crianças que estão começando a ler. Dentre os objetivos, está a ampliação do vocabulário, melhoria da leitura e desenvolvimento da auto-estima. "Esperamos que a aceitação seja boa e que os pais estimulem os filhos a se relacionar com os animais", destaca Vera.

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