"Ao COI interessa apenas contentar as emissoras de TV, sobretudo as dos Estados Unidos", comentou nesta quinta-feira (24) o ex-nadador norte-americano Mark Spitz durante um debate sobre o boicote dos Jogos de Pequim como forma de protesto contra a violação dos direitos humanos no Tibete.

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"Na concessão das Olimpíadas contam três coisas: ganhar dinheiro, ainda mais dinheiro e o máximo de dinheiro possível", disse Spitz, com base em sua experiência como consultor em três candidaturas olímpicas, diante de cerca de 200 estudantes universitários em Milão, durante o debate "Jogos de paz e mundos de guerra", organizado pela Telecom Italia, do qual participaram também o ginasta Igor Cassina e a analista política Mariele Merlati.

"De fato, muitas finais serão disputadas de modo a serem transmitidas no início da noite na América", continuou Spitz.

Cassina, por sua vez, defendeu a posição contra o boicote dizendo: "A problemática dos direitos humanos existe e é delicada, mas uma manifestação como os Jogos não deve ser utilizada para aspectos de natureza política".

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A professora Mariele, por sua vez, ressaltou que "o único verdadeiro boicote significativo foi aquele de Moscou 1980, que, no entanto, foi somente um momento do protesto contra a Rússia, após o embargo e a condenação na sede da ONU".