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Milhares de produtores bolivianos de coca deram início hoje a uma jornada de “akulliku” (mastigação da folha de coca) nas principais cidades da Bolívia, enquanto o presidente Evo Morales reivindica este direito em uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), em Viena.

Segundo dirigentes cocaleiros, pelo menos 40 mil pessoas estão participando da iniciativa, que pretende “demonstrar ao mundo que a coca não é cocaína” e que mastigar a planta faz bem para a saúde.

Em La Paz, cultivadores da região de Yungas instalaram-se na praça da Revolução, onde distribuíram mais de 30 mil folhas a transeuntes.

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Morales está participando de uma reunião da Comissão de Estupefacientes da ONU que tramitará sobre a adesão da Bolívia à Convenção Única das Nações Unidas sobre Entorpecentes, de 1961. O governo boliviano fez o pedido de reintegração em janeiro, mas com reserva quanto a proibição do uso da folha de coca, e precisa do voto de 62 dos 183 membros.

Em julho do ano passado, o governo boliviano de Morales, ex-líder sindical dos plantadores de coca, renunciou à convenção, que considerava a folha da coca como produto ilegal e condenava seu uso, que, na Bolívia, é uma tradição indígena para suportar o ar rarefeito das altas altitudes locais.

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