A Arábia Saudita informou nesta quinta-feira que sua coalizão militar reduzirá suas operações no Iêmen. O anúncio feito no momento em que o número de mortos por um ataque aéreo da aliança contra um mercado ao norte da capital iemenita nesta semana quase dobrou, atingindo 119.

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Um funcionário da Organização das Nações Unidas afirmou que 22 crianças estão entre os mortos do ataque na quinta-feira na província de Hajja, uma área controlada por rebeldes xiitas iemenitas conhecidos como houthis. Trata-se do mais recente de uma série de ataques aéreos similares, que mataram centenas de civis desde o início da guerra no Iêmen.

O conflito coloca de um lado rebeldes xiitas e unidades militares leais ao ex-presidente e, de outro, o governo reconhecido internacionalmente, que está em grande medida confinado à cidade de Áden, no sul do país. A violência já matou mais de 6.200 civis, deixou milhões de desabrigados e levou o país árabe mais pobre do mundo à beira da fome.

A coalizão saudita, apoiada pelos Estados Unidos, interveio militarmente no Iêmen há um ano, ao lançar a primeira campanha de ataques aéreos em apoio ao governo reconhecido internacionalmente. Os houthis capturaram a capital iemenita, Sanaa, em 2014, para em seguida avançar sobre boa parte do país da Península Arábica.

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Porta-voz das Forças Armadas, o general saudita Ahmed al-Asiri disse à Associated Press por telefone que seu país e seus parceiros continuarão a fornecer apoio aéreo às forças iemenitas, para confrontar os houthis e seus aliados. O general disse que permanecerão em terra apenas equipes pequenas da coalizão, para equipar, treinar e assessorar as forças iemenitas. O militar disse, porém, que as mudanças não afetarão o tamanho da coalizão naval e aérea que defende a porosa região costeira do Iêmen no Mar Vermelho e no Mar Arábico.

O ataque aéreo na cidade controlada pelos houthis de Mastaba também deixou 47 feridos. A ação foi a segunda mais mortífera no Iêmen desde o início dos ataques aéreos sauditas. Fonte: Associated Press.

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