A Coalizão Nacional Síria nomeou, nesta segunda-feira, o veterano dissidente George Sabra como líder interino do grupo, após a renúncia de Ahmed Moaz al-Khatib.
Sabra “foi designado hoje para realizar as funções de chefe da coalizão até as eleições para um novo presidente”, disse, em comunicado, o Conselho Nacional Sírio, um dos principais formadores da coalizão.
Violência
Seis dias de confrontos em dois subúrbios de Damasco deixaram mais de 100 mortos, mas pode haver mais vítima fatais, afirmaram ativistas nesta segunda-feira.
Os relatos foram feitos enquanto as forças do presidente Bashar Assad vêm realizando uma forte ofensiva contra os rebeldes que se aproximam de partes da capital síria e tropas do governo circulam a cidade de Qusair, perto da fronteira com o Líbano.
O número exato de mortos nos bairros de Jdaidet Artouz e Jdaidet al-Fadel não pode ser confirmado. Os dois bairros vizinhos ficam a cerca de 15 quilômetros a sudoeste de Damasco.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, disse que as mortes, provocadas principalmente pelo lançamento de bombas, pode chegar a 250. Rami Abdul-Rahman, que lidera o Observatório, disse que o grupo documentou a morte de 101 pessoas, dentre elas três crianças, dez mulheres e 88 homens, mas que os números podem ser maiores.
Os Comitês de Coordenação Locais, outro grupo ativista, disse que os mortos são 483 e que a maioria das vítimas foi morta em Jdaidet Artouz. A agência estatal de notícias Sana disse que as tropas sírias provocaram “fortes baixas” entre os rebeldes nos subúrbios.
Um funcionário do governo, em Damasco, disse à Associated Press que os rebeldes estão por trás do “massacre em Jdaidet al-Fadel, afirmando que eles tentaram responsabilizar as forças do governo que entraram na área após os assassinatos.
Jdaidet al-Fadel é habitado principalmente por sírios que fugiram das Colinas de Golã, depois que a área foi tomada por Israel em 1967. Já Jdaidet Artouz tem uma grande população cristã e drusa. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.