A decisão do primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, de convocar eleições antecipadas parece ter sido um tiro pela culatra, indicam resultados preliminares da votação que ocorre neste sábado.

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Com cerca de 93% dos votos computados, a coalizão conservadora Liberal-Nacional, de Turnbull, deve perder a maioria confortável que ganhou na eleição de 2013. A coalizão caminha para pelo menos 74 dos 150 assentos na Câmara, contra pelo menos 66 assentos para o Partido Trabalhista, da oposição. Setenta e seis lugares são necessários para formar governo. O resultado final não deverá ser conhecido até terça-feira, disse Turnbull.

Na melhor das hipóteses para o primeiro-ministro, os conservadores serão devolvidos ao poder com uma maioria bastante reduzida. Na pior das hipóteses, eles podem ficar fora do comando do governo, se a corrida apertada terminar com um parlamento dividido, uma vez que será difícil formar uma coalizão com os partidos independentes e os partidos menores.

“Nós podemos ter toda a confiança de que vamos formar um governo de coalizão majoritária no Parlamento. É uma contagem muito próxima”, disse Turnbull. Ele disse que sua avaliação baseou-se em modelagem conservadora do partido.

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Turnbull convocou uma eleição antecipada, em parte, para estabelecer um novo mandato para o seu governo, após expulsar o impopular Tony Abbott como líder conservador há 10 meses. Ele esperava que a Austrália daria apoio ao seu apelo para a continuidade e resistiria à tentação de sentimento anti-establishment visto na corrida presidencial nos EUA e na referendo que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.

“Eu esperava que o nosso plano econômico iria ressoar, porque consiste em dar esperança às pessoas, dando emprego às pessoas. Eu me sentia muito confiante sobre o plano”, disse Julie Bishop, vice-líder dos conservadores. Fonte: Dow Jones Newswires

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