A Associação Israelita Jaime Zhitlovsky, um clube da comunidade judaica em Montevidéu, capital do Uruguai, foi alvo de um atentado realizado com um coquetel Molotov na madrugada de quarta-feira (14). A bomba caseira provocou um incêndio da porta da instituição, além de deixar marcas na fachada. As suspeitas indicam que o atentado teria sido um protesto contra a invasão israelense na Faixa de Gaza. No entanto, em diversas ocasiões antes do atentado, lideranças da Associação Zhitlovsky afirmaram que a entidade condena tanto o grupo islâmico Hamas quanto Israel pelo conflito.
“Esses fatos não nos farão mudar nossa postura favorável ao cessar de fogo em Gaza”, afirmou o diretor da associação, Gabriel Slepack. O Zhitlovsky, localizado no bairro de Palermo, próximo ao centro da cidade, é um clube que organiza eventos dos setores laicos da comunidade judaica uruguaia com tendências de esquerda.
A comunidade judaica uruguaia – cuja origem data de 1770 – conta atualmente com 23 mil integrantes, para uma população de quase 3,5 milhões. Outros 20 mil judeus uruguaios deixaram o país por causa das crises econômicas que afetaram o Uruguai nas últimas duas décadas. Vinte sinagogas e oito organizações sionistas espalham-se por todo o país.