Um poderoso clã muçulmano nas Filipinas negou neste domingo ter promovido na última segunda-feira o massacre de 57 civis, incluindo dezenas de jornalistas, no sul do país. Zaldy Ampatuan, governador da região autônoma de Mindanao, disse que sua família contratou um batalhão de advogados para defender seu irmão, Andal Ampatuan Jr., que foi detido como principal suspeito da chacina.

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Ampatuan alega que ele e seu pai, também acusados de envolvimento no massacre, são inocentes. Ampatuan pediu que “a lei seja respeitada” e que seu irmão, acusado de liderar o grupo de pistoleiros que matou os civis a tiros e machadadas, não seja pré-julgado. Ele disse ainda que resistirá a um plano do governo para suspendê-lo como governador de Mindanao.

“Fomos pré-julgados”, afirmou Ampatuan a jornalistas durante coletiva na mansão da família, na cidade de Shariff Aguak, capital da província de Maguindanao, que fica aproximadamente 880 quilômetros ao sul de Manila. Cerca de 30 prefeitos da região e 2 mil simpatizantes fizeram uma manifestação de apoio diante da residência do clã acusado.

Milhares de soldados, apoiados por tanques, desarmaram quase 400 militantes leais à família Ampatuan e tomaram o poder em Shariff Aguak. A presidente das Filipinas, Gloria Arroyo, está sob forte pressão doméstica e internacional para tomar medidas drásticas contra os Ampatuan, aliados de longa data do governo.

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Os civis, que incluíam políticos e mais de 30 jornalistas, foram mortos quando se preparavam para apresentar a candidatura a governador provincial de Ismail Mangudadatu, que pretendia disputar o cargo com Zaldy Ampatuan. Há anos o clã vem governando sem oposição a província de Maguindanao. As informações são da Associated Press.