Dezenas de famílias e alguns combatentes da oposição começaram neste sábado a deixar bairros controlados pelos rebeldes na cidade de Alepo, no norte da Síria, segundo a imprensa estatal. A retirada ocorre após o governo abrir corredores humanitários para civis e combatentes que queiram deixar a área. Oposicionistas negam, porém, a retirada parcial da área.

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O governo fechou completamente em 17 de julho a principal rodovia que leva às zonas controladas pelos rebeldes de Alepo. Na prática, isso deixou cercadas 300 mil pessoas que vivem ali. Nesta semana, o presidente sírio, Bashar al-Assad, ofereceu uma anistia para os rebeldes que entreguem suas armas e se rendam às autoridades nos próximos três meses.

Cerca de dez homens jovens foram mostrados pela TV estatal se rendendo às forças do governo. Com os rostos cobertos, a maioria levava rifles automáticos sobre a cabeça. A imprensa oficial também mostrou dezenas de homens e crianças que chegavam em fila a uma rua, em meio a prédios bastante danificados no bairro de Salaheddine, controlado pelo governo.

Militares russos disseram que 169 civis deixaram Alepo em três corredores humanitários, entre eles 85 na sexta-feira e 52 no sábado. Além disso, 69 combatentes se entregaram na área, disse o general Sergei Chvarkov, em comunicado. Segundo ele, há um processo para a criação de mais quatro corredores humanitários. O governo sírio tem até seis abrigos que podem acomodar pelo menos 3 mil pessoas, disse a autoridade russa.

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Ativistas da oposição mostraram-se bastante céticos sobre os corredores humanitários do governo. O ativista Baraa al-Halaby, que vive em Alepo, rechaçou os relatos segundo os quais os civis e combatentes tenham deixado as partes controladas pelo governo da cidade. “Este é um jogo do regime. Nenhuma pessoa saiu”, afirmou al-Halaby.

Os Comitês de Coordenação Local, grupo de monitoramento da oposição síria, também negou que civis e combatentes estejam seguindo para as áreas controladas pelo governo em Alepo. Já o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos confirmou que pessoas deixaram a área controlada pela oposição, mas sem dar números. Fonte: Associated Press.

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