Cinco são reeleitos em pleito especial em Hong Kong

Os eleitores de Hong Kong reelegeram cinco legisladores pró-democracia numa eleição que, espera-se, ajude a pressionar Pequim a acelerar a velocidade da reforma eleitoral no território.

A eleição especial, que irritou Pequim e dividiu o movimento democrático da cidade, ocorreu depois que cinco legisladores do Conselho Legislativo terem deixado seus cargos em janeiro para forçar a realização de um referendo sobre a questão. Todos os cinco reconquistaram seus assentos com uma grande margem sobre seus oponentes, segundo resultados oficiais divulgados na manhã desta segunda-feira (horário local).

Frustrados com o que afirmam ser uma intransigência da China, os legisladores esperam ter enviado a mais forte mensagem para Pequim deste que Hong Kong voltou para o governo chinês em 1997. Porém, o resultado da eleição é visto como algo teórico, já que todos os partidos políticos pró Pequim boicotaram o processo.

Sob o atual sistema eleitoral, apenas metade da legislatura de Hong Kong, composta por 60 cadeiras, é diretamente eleita, enquanto o restante é selecionado por vários grupos de interesse. Grupos fazem campanha para que todo o Parlamento seja eleito diretamente. Eles também querem que os eleitores sejam capazes de escolher o chefe executivo da cidade, que atualmente é indicado por um comitê eleitoral ligado a Pequim. O governo chinês disse que o líder de Hong Kong poderá ser eleito diretamente até 2017 e os legisladores até 2020.

Autoridades chinesas denunciaram abertamente o “referendo”, qualificando-o de “provocação espalhafatosa” em relação à Lei Básica de Hong Kong, a mini Constituição que garante certas liberdades civis para a ex-colônia britânica.

Críticos dizem que os votos não devem resolver o impasse entre o governo e os democratas sobre a velocidade da reforma política, ao mesmo tempo em que pesquisas indicam que o comparecimento às urnas foi pequeno. Cerca de 17% dos 3,4 milhões de eleitores foram às urnas, bem abaixo dos 30% que os ativistas pela democracia esperavam. As informações são da Dow Jones.

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