O chefe da missão da Agência Espacial Europeia que enviou uma sonda para o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, Paolo Ferri, disse que os cientistas estão observando sinais enviados pelo equipamento na manhã deste sábado, mas não acreditam que será possível estabelecer comunicação com a unidade em breve. Na sexta-feira, os controladores ordenaram que o módulo de exploração Philae realizasse uma manobra para tentar sair da cratera onde caiu e assim permitir que os painéis solares recarregassem as baterias.

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“Nós não sabemos se a bateria será alta o bastante para operar a sonda de novo”, afirmou Ferri. “É altamente improvável que nós consigamos estabelecer qualquer tipo de comunicação em breve, mas vamos continuar esperando por novos sinais”, explicou.

O histórico pouso do Philae no cometa, na última quinta-feira, marcou o auge de um projeto de dez anos a bordo da sonda espacial Rosetta. Desde que pousou, no cometa, que está 500 milhões de quilômetros distante da Terra, o módulo de exploração realizou uma série de testes e enviou os dados para a base europeia, incluindo fotos.

Na sexta-feira, a unidade foi ordenada a girar e assim tentar captar mais luz solar, além de cavar um buraco no cometa. “Nós sabemos que todos os movimentos da operação foram realizados e todos os dados foram enviados de volta. Entretanto, a esta altura, ainda não sabemos se a broca de perfuração realmente tocou o solo”, explicou Ferri.

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O material no subsolo do cometa está intocado há quase 4,5 bilhões de ano, então as amostras seriam como uma cápsula do tempo, contendo informações valiosíssimas. Os cientistas esperam que o projeto, que custou US$ 1,6 bilhão, ajude a responder questões sobre a origem do Universo e a vida na Terra. Fonte: Associated Press.