A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, por suas iniciais em inglês) vai parar de usar campanhas de vacinação como fachada para operações de espionagem. A promessa foi feita por Lisa Monaco, conselheira de contraterrorismo da Casa Branca.

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Numa carta endereçada aos reitores de 13 escolas de saúde pública dos EUA na semana passada e cujo teor veio a público nesta segunda-feira, Lisa Monaco informa que a CIA concordou com a nova diretriz. Ainda segundo ela, a CIA também aceitou não usar os materiais genéticos obtidos por intermédio de tais programas.

O método foi usado em operações como a caçada ao líder da rede extremista Al-Qaeda, Osama bin Laden, assassinado pela CIA em 2011. Na ocasião, o médico paquistanês Shakil Afridi trabalhou em campanhas de vacinação contra a poliomielite em Abbottabad como parte dos esforços norte-americanos para obter amostras genéticas de crianças que moravam no local onde Bin Laden se escondia.

No ano passado, os reitores das escolas de saúde pública dos EUA fizeram críticas diretas à CIA pelo uso de campanhas de vacinação como método de espionagem.

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A poliomielite estava quase erradicada do planeta na virada do milênio, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A partir de 2003, no entanto, a doença ressurgiu em dezenas de países da África, da Ásia e do Oriente Médio, quando clérigos islâmicos da Nigéria promoveram um boicote a uma campanha de vacinação sob a alegação de que a imunização seria parte de um complô norte-americano. Fonte: Associated Press.