Chuvas em Cuzco deixam pelo menos sete mortos

Autoridades peruanas usam helicópteros para retirar turistas estrangeiros presos pela chuva e pelos deslizamentos, que mataram pelo menos sete pessoas na região das ruínas incas de Machu Picchu. Apesar da ação oficial, estima-se que mais de 2.500 pessoas ainda estejam ilhadas na cidade histórica. A operação, que começou na segunda-feira, contabilizava 125 estrangeiros resgatados até o fim desta terça-feira, segundo os serviços de emergência.

Outros 1.900 turistas ainda estão presos na vizinha Aguas Calientes e outros 670 no Caminho Inca, uma estreita trilha que vai até Machu Picchu e demora quatro dias para ser feita. Essa rota está interrompida por deslizamentos em vários trechos.

Uma turista argentina de 23 anos e um guia peruano de 33 morreram na trilha, atingidos pelos deslizamentos, informou o Instituto de Cultura Nacional, em Cuzco. As outras mortes ocorreram ao longo do vale que leva a Cuzco e na própria cidade. Dois peruanos se afogaram na enchente, outro morreu em um deslizamento, enquanto uma mãe e seu filho morreram em Cuzco quando a forte chuva derrubou a casa em que estavam, segundo funcionários locais.

Entre os turistas há cerca de 200 brasileiros. A embaixada dos EUA no Peru enviou quatro helicópteros para ajudar nas retiradas. Estima-se que haja 400 norte-americanos presos.

Um dos 300 chilenos presos em Machu Picchu, Fernando Celis, reclamou no site do jornal ‘El Mercurio’ que alguns turistas estavam subornando os guias, para que conseguissem deixar o local primeiro.

“Um helicóptero chegou ontem para levar os mais velhos e doentes e alguns turistas que tinham mais dinheiro”, afirmou Celis. Segundo ele, a comida na área está acabando. Os comerciantes locais aumentaram os preços, quando ficou claro que os estrangeiros estavam presos, relatou o chileno.

Machu Picchu é um dos destinos turísticos mais populares na América Latina, recebendo mais de 400 mil visitantes por ano. A fortaleza inca do século 15 está localizada em uma alta montanha, 70 quilômetros distante de Cuzco. Uma ferrovia que transporta os turistas ao local está coberta de lama.

A Defesa Civil local estimou que as casas de 1.300 pessoas de áreas rurais pobres perderam suas casas. Outras 12 mil foram afetadas em grau menor, perdendo bens ou sofrendo danos em suas propriedades. Na cidade de Cuzco, foi declarado estado de emergência válido por 60 dias, após duas pontes ruírem e 250 casas ficarem destruídas. As informações são da Dow Jones.

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