As forças governamentais sírias continuaram nesta segunda-feira a combater os rebeldes nas duas principais cidades do país, Damasco e Aleppo, informaram fontes opositoras.
Em Damasco, as tropas do regime de Bashar al Assad enfrentaram o exército sírio Livre (ELS) nas imediações do aeroporto militar de Al Mezeh, informaram os Comitês de Coordenação Local (CCL). Esta rede de ativistas acrescentou que as forças do regime também cercaram e bombardearam o bairro de Al Hayar al Asuad, na capital.
O Exército sírio bombardeou de forma intensa a cidade de Al Hama, localizada no subúrbio de Damasco, denunciaram os opositores, que asseguraram que as forças leais a Assad realizaram uma operação na região e roubaram casas e estabelecimentos comerciais.
Na cidade de Aleppo, foram registrados choques violentos entre as forças governamentais e os combatentes do ELS no bairro de Hanano, o que causou dezenas de mortos e a destruição de três tanques, informou à Agência Efe o coordenador de uma rede opositora nessa cidade.
Além dos ataques em vários bairros, nos arredores da cidade as forças governamentais bombardearam com armas pesadas os povoados de Darat Azza, Qabtan, Anyara, Azaz e Hajam, o que também provocou dezenas de vítimas civis.
Pelo menos 30 pessoas morreram hoje em uma nova jornada de violência na Síria, segundo os Comitês de Coordenação Local, que informaram que sete delas perderam a vida em Damasco e seis em Aleppo.
Já Observatório sírio de Direitos Humanos assegurou em comunicado que quinze corpos foram encontrados hoje na zona de Asulam, na cidade de Moadamiyat al-Sham, nas proximidades de Damasco, alguns deles com sinais de tortura.
Ontem à noite, os chefes da diplomacia árabe pediram em Doha, no Catar, que Assad renuncie ao poder para solucionar o conflito do país e que os opositores sírios, incluídos os rebeldes do ELS, formem um governo de transição.
O porta-voz sírio de Relações Exteriores, Jihad Maqdisi, disse que a postura da Liga Árabe é uma “interferência flagrante” na política do país e que o povo sírio é “soberano de si mesmo e é ele quem decide tirar governos ou presidentes, mas por meio das urnas”.
Em entrevista coletiva, Maqdisi negou que o regime irá empregar armas químicas no interior da Síria, embora tenha dito que as forças de segurança farão isso em caso de uma intervenção estrangeira.