Pelo menos 47 crianças com idades de quatro a seis anos morreram, hoje, quando o ônibus em que viajavam bateu contra um trem na Província de Asiut, sul do Egito. O Ministério do Interior egípcio informou, em um comunicado, que mais 13 crianças ficaram gravemente feridas.
Morreram também o motorista do veículo e duas pessoas responsáveis pelos alunos.
O acidente ocorreu por volta das 8h, perto da cidade de Manfalot, 400 km ao sul do Cairo. O ônibus, que levava 60 crianças em uma excursão organizada pela creche que frequentavam, cruzava uma passagem ferroviária em Manfalut (356 km ao sul do Cairo) quando foi atingido por um trem, explicou a polícia. O repórter da TV pública descreveu o cenário do acidente de “dantesco”.
Dada a gravidade da situação, o ministro dos Transportes egípcio, Mohammed Rashad al Metini, renunciou ao cargo, após ter aceitado a demissão do chefe da Empresa Nacional de Ferrovias, Mustafa Qanaui.
Diversos membros do Gabinete egípcio, inclusive o primeiro-ministro, Hisham Qandil, se deslocaram ao local para coordenar as investigações, enquanto continuam os trabalhos de socorro e retirada dos corpos. Parentes das crianças mortas também foram protestar e exigir a execução dos responsáveis do acidente, o que obrigou as autoridades locais a intervir para tentar acalmar os ânimos.
O presidente Mohamed Mursi ordenou que o primeiro-ministro e os ministros da Defesa e da Saúde, assim como o governador de Asiut, “ofereçam toda a assistência às famílias das vítimas”, informou a agência Mena.
Os acidentes de trânsito são frequentes no Egito, principalmente por causa da má qualidade dos veículos e das estradas, da imprudência dos motoristas e da má sinalização das vias.
A maior tragédia ferroviária da história do Egito ocorreu em 2002, após o incêndio de um trem que fazia o trajeto entre Cairo e Luxor, no qual morreram 376 pessoas.