Seis pessoas foram mortas e outras 200 ficaram feridas na capital do Paquistão, Islamabad, após a polícia lançar uma operação para retirar manifestantes islâmicos que estavam bloqueando havia mais de duas semanas uma importante via de acesso à cidade. O governo tinha feito várias tentativas de resolver o impasse por meio de negociações com os manifestantes, que exigiam a renúncia do ministro da Justiça, Zahid Hamid, por causa da omissão de uma referência ao profeta Maomé em um projeto de lei. O ministro se desculpou pela omissão, mas os manifestantes insistiam que só deixariam o local quando ele renunciasse. A ação policial deste sábado ocorreu após um tribunal determinar o fim do protesto, alegando que ele estava prejudicando a rotina diária da cidade.

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O médico Masood Safdar disse que cinco civis chegaram mortos ao Hospital Benazir Bhutto com ferimentos de tiros. O médico Tariq Niazi, do Hospital Sagrada Família, confirmou a morte de um jovem que tinha sido atingido na cabeça por um tiro.

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Com a ação policial e a reação dos manifestantes, que estavam acampados no local havia 20 dias, centenas de pessoas foram parar em hospitais, com ferimentos causados por pedras e problemas respiratórios por causa de gás lacrimogêneo. Funcionários de hospitais disseram que aproximadamente 200 pessoas ficaram feridas, a maioria delas policiais.

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A notícia da intervenção policial se espalhou rapidamente, levando simpatizantes em outras cidades a sair às ruas em sinal de solidariedade aos manifestantes de Islamabad. A situação fez com que o órgão regulador de mídias eletrônicas tirasse do ar canais de TV. Sites como Facebook, Twitter e YouTube também foram bloqueados.

Segundo a rede de TV estatal, o ministro do Interior, Ahsan Iqbal, disse que tropas do exército foram chamadas para ajudar a administração da cidade a liberar a via. Redes de TV do governo disseram também que as forças de segurança tinham suspendido temporariamente as operações, e que cerca de 150 manifestantes foram presos, alguns portando facas e pistolas. Fonte: Associated Press.